Os belgas dominam a arte de fazer cervejas e embora a história da cervejaria Achouffe (nome da cidade na região de Ardenne onde estão sediados) seja bem mais recente que as tradicionais cervejarias monásticas, os cunhados Pierre Gobron e Chris Bauweraerts tinham vocação para o negócio e produziram o primeiro lote de La Chouffe em 1982, um lote com meros 49 litros!
Quatro anos depois do lançamento a dupla já se dedicava totalmente à produção das cervejas, fortemente associada à imagem dos gnomos nos rótulos. Na clássica La Chouffe, uma Belgian Specialty Ale, o gnomo que ilustra o rótulo ganhou o nome de Marcel. Os sócios estavam cansados das figuras dos monges nos rótulos das cervejas e decidiram seguir um caminho mais informal, já que eram jovens, com liberdade e sem a necessidade de seguir uma fórmula tradicional. Aliás, outro clássico de La Chouffe, a garrafa de 330ml, surgiu apenas em 2009. Antes disso as cervejas vinhas em garrafas de 750ml e mini-barril de 20 litros.
Aos poucos, o gnomo Marcel de La Chouffe Blonde foi ganhando companhia de novos estilos e, por consequência, novo gnomos. Assim surgiu La Chouffe Blanche, uma refrescante witbier, com rótulo que conta a expedição de Marcel (o gnomo da La Chouffe) para encontrar o povo Yeti (do abominável homem das neves). Assim a paisagem nevada inspirou a maciez desta witbier, com a carbonatação típica das cervejas de trigo, junto com a sensação de frescor reforçada pelas cascas de limão que entram em sua receita. A tradicional combinação de sementes de coentro com casca de laranja de muitas witbiers, aqui ganha uma expressão mais cítrica e fresca com o uso da casca de limão, que ainda traz notas florais e final frutado.
Além da tremenda drinkability para ser bebida sozinha, La Chouffe Blanche pode acompanhar uma série de saladas e frutos do mar, além da harmonização recomendada pela própria cervejaria: o fish & chips.